Crítica | Daytripper

9 de janeiro de 2017

Daytripper

Autores: Fábio Moon e Gabriel Bá

Ano de publicação: 2010

Por Victor Andrade

“Eu queria escrever sobre a vida e olha pra mim agora… Eu só escrevo sobre morte“, Brás de Oliva Domingos

Vida e morte, é o que sente ao ler Daytripper! A história é protagonizada por Brás de Oliva Domingos, um escritor de obituários de um jornal, cujo o maior sonho é virar um escritor. Em meio a todas as fases de sua vida: desde infância, adolescência, início da faculdade, virar pai, envelhecer… Com diversos momentos vividos, sejam eles alegres ou tristes, Daytripper tem um sentimento muito diferente de ler, momentos nostálgicos, principalmente.

Você se lembra daqueles finais de semana na casa da avó com os seus primos, ou daquele viagem inesquecível com os seus amigos ou mesmo quando você acha ter encontrado a mulher de sua vida; Todos esses momentos levam a Brás um único destino: a sua morte!

Um dos pontos muito interessantes da HQ é que, diferentemente de uma história da Marvel ou da DC, você consegue realmente se identificar com ela. E não apenas se identificar, mas sim sentir tais momentos vividos por Brás na história. Além de ser uma história passada aqui no Brasil (boa parte em São Paulo); você conhece tal lugar que o protagonista visitou, tal ponto turístico visitado…

Produzidas pelos gêmeos, Fábio Moon e Gabriel Bá, Daytripper ganhou o prêmio Eisner de 2011, por melhor minissérie da Vertigo (selo adulto da DC Comics). Com diálogos tão naturais que você sente a voz dos personagens, estes tão reais que nos dá a sensação de conhecê-los de verdade e de maneira única, Daytripper é poderosa, tocante e poética; contando a história de um simples homem que quer falar sobre a sua vida, vivê-la e ser feliz – assim como todos nós.

Nota 10/10