
Além da nossa crítica oficial de Thor: Ragnarok, o leitor Victor Andrade nos enviou a sua opinião sobre o novo filme do Deus do Trovão! Confira:
Ano: 2017
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle, Christopher Yost
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Mark Ruffalo, Cate Blanchett, Tessa Thompson, Idris Elba, Jeff Goldblum, Karl Urban, Anthony Hopkins, Taika Waititi
Terceiro filme do Deus do Trovão nos cinemas, com o Universo Marvel. Terceira tentativa de fazer algo inesquecível (já que as outros dois longas não agradaram tanto assim os fãs – apesar de eu adorar o segundo) para um dos personagens mais importantes da Casa das Ideias. E, para essa missão, a Marvel chamou o diretor neozelandês de comédias Taika Waititi (do hilário O Que Fazemos nas Sombras), apostando, assim, no humor inusitado do cineasta. Em Thor: Ragnarok, Thor (Chris Hemsworth) perde o seu martelo para a vilão Hela (Cate Blanchett) e, exilado em um planeta desconhecido, em que encontra seu ex-parceiro de Vingadores: Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo).
A proposta da Marvel, ao chamar alguém como o Waititi para dirigir um dos seus longas foi apostar no humor, fazer algo no estilo do Guardiões da Galáxia: uma aventura especial com um Deus nórdico! Porém, no longa do asgardiano, notamos que as piadas nem sempre funcionam, muitas colocadas fora do tempo, perdendo, assim, o público. Por mais que o tom de comédia do Hemsworth seja ótimo, eles nem sempre acertam com os outros personagens, como o próprio Loki (Tom Hiddleston) e muito menos com a nova personagem, Valquíria (Tessa Thompson) – irritante e sem graça do começo ao fim do longa. Sobra, então, a Ruffalo, como o Hulk/Bruce Banner (finalmente numa interpretação que muito fãs esperavam nos cinemas) e a excelente – e bela – Cate Blanchett, roubar as cenas do filme.
Mas o longa traz uma agradável surpresa para os fãs: cenas longas de diálogos entre alguns personagens, principalmente do Thor e com Odin, e da Hela com o Odin. Algo difícil de se ver em produções do estúdio. Outro ponto alto do filme é a interação entre Thor e, o agora “inteligente”, Hulk, nos dando momentos de muitas risadas e desenvolvimento para ambos, mostrando o que aconteceu com os dois desde Os Vingadores: A Era de Ultron (2015). Outro destaque da aventura são as cenas de ação. Vemos Thor lutar com o Mjolnir de uma forma inédita e super criativa e o confronto entre Thor e Hulk na arena de gladiadores também vale aqui seu destaque, além das perseguições com as novas espaçonaves do planeta Sakaar. Talvez até mesmo uma das melhores partes da franquia do asgardiano.
Mesmo com introdução de bons novos personagens (Hela, Grão-Mestre, Korg), de alguns elementos tirados da HQ Planeta Hulk, Thor: Ragnarok parece não decolar ao ponto no qual foi prometido. Por mais que, às vezes, ele lembre as artes da lenda Jack Kirby, seu visual parece uma mistura da obra do quadrinista com o já comentado Guardiões da Galaxia. Com um final eletrizante e deixando diversas pontas para o futuro do Universo Marvel, o longa nos empolga com tais cenas e personagens já citados, mas deixando um gostinho que faltou tempero ao prato principal. Uma pena, podia mais.
Nota:
Redação
Latest posts by Redação (see all)
- O Príncipe do Egito – Como ir além da história bíblica - 23 de dezembro de 2020
- O fim do T´Challa – O rei será esquecido - 13 de dezembro de 2020
- Por que Arremesso Final não deve ser um candidato a premiações - 31 de maio de 2020