
A DreamWorks e a Netflix lançaram, ao longo de 2018, diversas séries exclusivas para a plataforma de streaming. O ano se passou e o resultado aqui em casa não foi muito positivo. O Davi, que completa 4 anos muito em breve, não conseguiu terminar um único episódio das novas séries. Ele ainda possui uma certa dificuldade de expressar seus sentimentos pela sétima arte, mas é bem definitivo ao dizer que não gosta de algo.
A DreamWorks apostou em grandes sucessos de um passado recente sabendo que as crianças gostam de repetição. Contudo, na prática, isso não se confirmou. O resultado soa mecânico e as dinâmicas se repetiram de maneira exaustiva e até o espectador mirim entendeu que isso não é bom. Com certeza, para a maioria dos pequenos, as séries vão acabar atingindo o seu papel e divertirão por alguns minutos, mas não é isso que queremos aqui, certo? Queremos o novo e extraordinário. Queremos ótimas experiências para os nossos filhos. Foi aí que encontrei uma das melhores séries infantis do ano, She-Ra e as Princesas do Poder.
Originalmente, She-Ra teve sua história contada durante os anos 1980 na série animada He-Man e os Mestres do Universo. Foi uma obra que fez um enorme sucesso, principalmente entre os meninos. Contudo, o tempo se passou e vimos uma mudança importante acontecer. O posicionamento da mulher como protagonista de séries, filmes e desenhos tem causado um enorme bem aos nossos pequenos e até adultos. É a partir das ideias de igualdade entre gêneros que as meninas poderão crescer em uma sociedade que as trate de maneira muito mais digna e respeitosa. E acreditem, estamos atrasados e correndo contra o tempo!
Com o Davi não é diferente. Sempre tentamos inseri-lo em brincadeiras e conversas sobre compreensão do mundo feminino. Por conta disso, muitas de suas escolhas podem causar desconfiança dos mais conservadores. Por exemplo, ele é um mini fã de Barbie Dreamhouse Adventures e Barbie Life in the Dreamhouse. Nunca o forçamos a assistir nada e nem ele se coloca nessa posição. Como eu já disse, se ele não gostar, não existe santo que o faça assistir. Então, ler em voz alta “Princesas do Poder” foi o suficiente para despertar o seu interesse. Aproveitei sua curiosidade para dizer que esse desenho existia na época do papai e, pronto, iniciamos a série juntos. Apesar de ter uma classificação livre, ela possui uma certa complexidade de diálogos e ações para um menino de 4 anos, mas ele seguiu firme e interessado. Realmente, o protagonismo feminino chamou a atenção. Só isso já seria motivo de elencar a série como um dos melhores frutos da parceria entre DreamWorks e Netflix, mas tem mais. Os episódios possuem bons roteiros, apresentam discussões políticas e, certamente, os criadores da série tiveram a intenção de plantar uma sementinha, promovendo os pensamentos coletivos e o desenvolvimento social entre o público infanto-juvenil. Posso garantir que acertaram em cheio. She-Ra e as Princesas do Poder é o maior acerto da DreamWorks em parceria com a Netflix em 2018.
Vale ressaltar que retirei o Capitão Cueca desta análise por não acreditar na sua indicação livre. Apesar disso, é uma boa animação e um dia poderá retornar com um espaço adequado.
Até semana que vem!
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Bruno Prates
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