
WandaVision
Episódio: 7 – Derrubando a Quarta Parede
Criação: Jac Shaeffer
Direção: Matt Shakman
Roteiro: Cameron Squires
Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Teyonah Parris, Josh Stamberg, Randall Park, Kat Dennings, Kathryn Hahn, Evan Peters, David Payton, Jett Klyne, Julian Hilliard
ATENÇÃO: O texto a seguir contém spoilers de Wandavision. Siga por sua conta e risco.
Então é isso: aparentemente, já sabemos que é o grande vilão de WandaVision. No caso, vilã: Agatha Harkness, a Agnes (Kathryn Hahn), que está desde o primeiro episódio na série. Apesar das teorias mirabolantes de fãs envolvendo de Mefisto a Ultron, a Marvel fez aquilo que geralmente faz e foi pelo caminho mais simples: a resposta estava ali, diante de nossos próprios olhos, o tempo todo. Isso, é claro, se ela for realmente a única coisa por trás disso tudo…
Ao melhor estilo “mockumentary”, homenageando séries como The Office (em uma abertura que vai no limite do plágio) e Modern Family, “Derrubando a Quarta Parede” mostra Wanda (Olsen) lidando com a tristeza de ter se afastado seu amado marido. Em paralelo, Visão (Bettany) tenta formar uma improvável aliança com Darcy Lewis (Dennings) enquanto Monica Rambeau (Parris) bola um plano pra entrar novamente no Hex e salvar a população de Westview.
Este episódio serve basicamente para revelar a identidade de Agnes, o que já era sabido desde o anúncio da série. A vizinha inconveniente é Agatha Harkness, poderosa bruxa que nos quadrinhos é uma espécie de tutora da Feiticeira Escarlate. Ao mostrar que a “a outra menina mágica da cidade” estava por trás de muitos acontecimentos-chave da narrativa, a equipe criativa do show revela praticamente tudo que estava coberto na trama, restando apenas questões pontuais a serem respondidas – como a real identidade do “falso Pietro” (Peters).
O formato de musical, escolhido para fazer aquela que pode ser a grande revelação da série, funciona muito bem. A fatídica cena possui um tom exagerado e até assustador, o que combina com o restante da proposta do show. A ótima Hahn dá conta do recado e toma conta do episódio, com seu olhar cínico e maléfico na medida certa. Como diria o profeta, a(o) melhor ator(a) é sempre o(a) vilão(a)…
Apesar disso, ouso dizer que este é o pior episódio até aqui. O ritmo é oscilante demais e até mesmo Elizabeth Olsen, que faz um grande trabalho nesse projeto, tem dificuldades para conferir veracidade a um momento muito estranho e mal conduzido – aquele em que ela lida com a “ressaca” de suas atitudes, sozinha em sua casa. Mesmo possuindo apenas 37 minutos, “Derrubando…” demonstra alguma dificuldade em deixar a peteca no ar durante todo sua duração, com algumas “barrigas” (pra que incluir com tanta pompa um veículo que dura menos do que cinco minutos em cena?) bem evidentes em sua composição.
Agora estamos na reta final. Tudo se encaminha para um confronto místico entre duas poderosas feiticeiras, o que pode ser decepcionante para alguns que permitiram que suas mentes os levassem a lugares inatingíveis. Mas, como diria o sábio, a expectativa é a mãe de todas as decepções…
Nota:
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